terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O segredo do silêncio (um presente)


Veja, meu-bem-querer, a multicor da flor que te fiz. De suspiro-eu, hálito doce,
embrigado de luz que canta, pétalas-sonho. Um pólen-segredo, semente que cresce
no sono, distinta, suave. Transmuda de cor e substância, só te acompanha, é um tanto
do que é você. Falenas que caem como todos os beijos que não dei nos teus olhos que
são tão doces, veludo negro, insensatez que reluz. De susto te vi tão simples mas é
em silêncio que teu raizame cresce, ganhando todos os tons, a ciranda que é o mundo,
sempre sempre a girar. Se é bailando que vens, dança nesse calidoscópio difuso que é
tudo infinito, só p’ra você voar...

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